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Perder a terra, o medo de 2.000 famílias

Perder a terra, o medo de 2.000 famílias

Perder a terra, o medo de 2.000 famílias

Nos anos 70, a região do Araguaia foi palco da “colonização” da Amazônia. Uma política iniciada pela ditadura militar brasileira para ocupar a região amazônica para que não fosse invadida pela ameaça “comunista”.

A propaganda do Estado e os enormes incentivos fiscais concedidos foram frutíferos: grandes empresas e proprietários de terras amigos dos ditadores adquiriram imensas áreas de selva, sem sequer levar em conta se havia povos indígenas vivendo ali. Eu não precisava deles. Centenas de trabalhadores de todos os lugares foram seduzidos a se mudar para o “tesouro verde” com a promessa de terra, comida para dojo e uma vida melhor.

A realidade, no entanto, era muito diferente da esperada: os investimentos necessários nunca foram feitos para conectar a Amazônia com o resto do país, tornando-se uma zona isolada, distante e pobre. As pessoas foram abandonadas em sua sorte, e a lei “38” prevaleceu.

Se você quiser entender como esse processo histórico de ocupação da Amazônia foi, você pode ler este artigo-resumo da BBC Brasil. 

Nesse contexto, o jornal O Estado de São Paulo publicava em 1973 um artigo relatando o processo que estava acontecendo nas terras do Araguaia.

Enquanto os soldados recorreram às aldeias de extrema pobreza, como São Félix do Araguaia, Santa Terezinha, Serra Nova ou Pontinópolis, localizadas no meio de grandes propriedades, estendendo centenas de dentes e ajudando pacientes afetados por malária, tuberculose, desnutrição e leishmania , foi possível perceber, em contato com as pessoas, muito mais do que doenças, o que elas tinham medo de perder a terra.

O Estado de São Paulo, 1973

“É necessário minimizar a ação dos padres para evitar a subversão”

E continuava o Jornal:

A paisagem urbana é resumida em pequenas casas de cimento que fazem da igreja ou da Assembléia de Deus, entre uma sucessão de cabanas de barro seco. Neste contexto, devido à omissão do poder público, o padre tem, necessariamente, muito mais funções com o corpo do que com o espírito. (…)

O presidente da Companhia de Desenvolvimento de Mato Grosso e a Federação de Agricultura do Estado, dias antes, haviam anunciado a necessidade de “minimizar a ação dos religiosos na região, como a única medida, em sua opinião, capaz de evitar a “subversão”. Mas, apesar da opinião de Muller, o que podia ser visto era um trabalho absolutamente cristão de padres que assistem comunidades pequenas e isoladas “.

Estado de São Paulo, 28 de outubro de 1973.

A detenção da equipe de Casaldáliga

Nesse mesmo ano, a polícia militar ocupa a Prelatura pela primeira vez e realiza a detenção da equipe pastoral do Bispo Casaldáliga e a tortura de Antonio Carlos Moura, colaborador da Prelazia. Três anos depois, o conflito entre Casaldáliga e os latifundiários foi acentuado e resultaria no assassinato, nas mãos de um policial militar, do padre João Bosco Penido Burnier, ao confundi-lo com Dom Pedro.

Não seria senão 33 anos depois, que o governo brasileiro reconheceu o assassinato do Padre João Bosco como crime político. 

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Como está o Bispo Pedro Casaldáliga

Como está o Bispo Pedro Casaldáliga

Como está o Bispo Pedro Casaldáliga

“Para descansar
eu quero só
esta cruz de pau
como chuva e sol
estes sete palmos
e a Ressurreição!”

(Poema “Cemitério do Sertão”, de Dom Pedro Casaldáliga)

A maldita escravidão

Há cerca de 20 anos Dom Pedro Casaldáliga celebrou uma missa no dia de finados num dos cemitérios de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso. Ao final, ele disse na presença do povo e agentes pastorais: “Quero que vocês todos escutem muito bem, porque vou falar algo muito sério: é aqui que eu quero ser enterrado”. O “aqui” era o que o povo da região chama de “Cemitério Karajá”, onde foram enterrados muitos indígenas, e outros tantos trabalhadores que vinham de muitas partes e eram explorados nas fazendas de gado. O lugar onde foi enterrada a gente mais humilde daquela terra. O cemitério dos mais pobres.

Das coisas que mais chocaram Dom Pedro quando ele chegou nessa região do Mato Grosso em 1968, era a situação dos “peões”, trabalhadores assalariados que migravam de vários estados na ilusão da vida que iria melhorar no trabalho nas grandes fazendas. Muito era prometido por quem os recrutava, e já durante a viagem e depois no próprio trabalho muitas dívidas eram sendo atribuídas… A maldição da escravidão por dívida. E fugas eram duramente reprimidas, com a tradição de cortar as orelhas dos trabalhadores que buscavam escapar daquele martírio.

Os camponeses e Pedro Casaldáliga

A situação dos pequenos posseiros e dos vários povos indígenas da região não era muito diferente, nessa terra das maiores concentrações fundiárias durante a ditadura militar. Na Carta Pastoral de 1971, “Uma Igreja da Amazônia em Conflito com o Latifúndio e a Marginalização Social”, Pedro faz uma forte denúncia de todas essas situações, de uma região tão desigual, posicionando a Igreja – a recém-criada Prelazia de São Félix do Araguaia – do lado dos mais pobres.

“Nós – bispo, padres, irmãs, leigos engajados – estamos aqui, entre o Araguaia e o Xingu, neste mundo, real e concreto, marginalizado e acusador, que acabo de apresentar sumariamente. Ou possibilitamos a encarnação salvadora de Cristo neste meio, ao qual fomos enviados, ou negamos nossa Fé, nos envergonhamos do Evangelho e traímos os direitos e a esperança agônica de um povo de gente que é também povo de Deus: os sertanejos, os posseiros, os peões; este pedaço brasileiro da Amazônia. Porque estamos aqui, aqui devemos comprometer-nos. Claramente. Até o fim. (Somente há uma prova sincera, definitiva, do amor, segundo a palavra e o exemplo do Cristo). Não queremos bancar os heróis, os originais. Nem pretendemos dar lição a ninguém. Pedimos só a compreensão comprometida dos que compartilham conosco uma mesma Esperança.” Carta Pastoral 1971.

Pedro Casaldáliga

O latifúndio continúa no coração

O latifúndio continuava presente no coração das preocupações do Pedro, 34 anos depois de sua chegada ao Brasil. Pedro teve sempre essa reflexão profunda de entender que as mudanças estruturais não aconteceriam só por uma vitória mais à esquerda nas eleições. As maiores mudanças precisariam vir da consciência e organização do povo. E vida pastoral para o Pedro passava fortemente por contribuir na organização do povo na sua luta por direitos, nessa região do Mato Grosso que escolheu viver. Mas toda essa história de muita profundidade de reflexões e ação política foi tratada por apoiadores do presidente eleito em São Félix do Araguaia e região, como um “bispo petista” nessas eleições presidenciais despolitizadas e manipuladas de 2018. Um bispo petista que ainda precisa ser combatido.

Como está o Bispo Casaldáliga

E o bispo Pedro, como é chamado na cidade, continua aqui. O forte avanço do “Irmão Parkison” com quem ele convive há cerca de 20 anos deixa fortes marcas. Os 90 anos (quase 91!) também. Não mais se expressa com profusão de palavras e escritos, que sempre foram muito marcantes. E isso certamente é um grande sofrimento. Mas Pedro se comunica de outras formas, com gestos, olhares, apertos fortes nas nossas mãos, e nos dá a benção com os gestos das mãos dele. A gente sabe que ele está ali, que é o Pedro, e que ele nos reconhece. E trata bem cada um que chega na casa, seja gente do povo da cidade que vai vê-lo, seja algum indígena Karajá (Iny), seja alguma visita que vem de longe.

E a casa dele continua também sendo um refúgio para os Karajá de passada por São Félix, vindos de alguma das várias aldeias que existem na Ilha do Bananal, do outro lado do Rio Araguaia. Sabem que ali vão ter um copo de água fresca, vão ter um lugar para descansar das andanças pela cidade. E sabem que sempre será dado um prato de comida na hora do almoço. Estive cinco dias em São Félix e, em todos os dias, passaram por ali algum Iny, a maioria da aldeia Santa Izabel, a que fica mais pertinho da cidade. No penúltimo um jovem Iny estava passando mal e se dirigiu para lá. Parecia sentir muita dor, e disse que havia vomitado sangue. Conseguimos falar com a responsável pelo distrito de saúde indígena regional, que mandou um carro para buscá-lo. Aquele jovem indígena sabia que teria um refúgio naquela casa, com o “povo do bispo Pedro”.

A epígrafe

Na epígrafe está apenas a primeira parte do poema “Cemitério do Sertão”. Mas Pedro continua: “Mas para viver, eu já quero ter, a parte que me cabe, no latifúndio seu, que a terra não é sua, seu doutor Ninguém. Mas para viver, terra e liberdade, eu preciso ter”. A luta do Pedro e sua Igreja comprometida sempre foi pela justiça e pela vida.

Pedro é luta. Pedro é inspiração. Pedro é exemplo. E a doença e a velhice de Pedro não devem ser entendidas apenas como um sofrimento. Deve nos provocar uma “profunda reflexão do significado de 90 anos de vida dedicados à resistência contra o capital e a defesa dos pobres”, palavras da professora e lutadora mineira Maria José Silva. E que possamos, todos e todas nós, nos inspirar em Dom Pedro Casaldáliga para os tempos difíceis que nosso país atravessa e atravessará. Que a esperança ativa e indignada nos guie!

 

Este texto é dedicado ao padre Félix Valenzuela e à Telma Araújo, pessoas muito amigas, há muito tempo, do Pedro.

Maria Júlia Gomes Andrade é antropóloga e coordenadora do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM).

Texto publicado originalmente no portal Brasil de Fato. Pedro Casaldáliga do Araguaia.

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Essa é a máquina de Casaldáliga

Essa é a máquina de Casaldáliga

Essa é a máquina de Casaldáliga

Com essa máquina de escrever, o Bispo Casaldáliga escreveu documentos como a 1ª Carta Pastoral que denunciava a situação dos camponeses e povos indígenas da Amazônia (em 1971); o documento “Escravidão e feudalismo no norte de Mato Grosso” (1970) e várias cartas ao Vaticano e a outras autoridades.

A máquina está conservada no Arquivo da Prelazia de São Félix do Araguaia e faz parte dos materiais, equipamentos, prêmios, etc. que estão armazenados no Arquivo Histórico. 

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Ameaças de morte ao Bispo Casaldáliga

Ameaças de morte ao Bispo Casaldáliga

Ameaças de morte ao Bispo Casaldáliga

Nas décadas de 70 e 80, a Amazônia estava sendo distribuída entre os amigos da ditadura. A lei, era a lei do mais forte. Se opor ao latifúndio era arriscar a vida. Esta é a historia da cidade ganhada na enxada e na tentativa de assassinato.

14 de junho de 2019

A vida de Pedro Casaldáliga

Casaldáliga sorriu, alegre; mas também ficava em silêncio

O Pedro sempre sentiu intensamente a pequena cidade de Serra Nova.

O conflito de mais de 40 anos com a Fazenda Bordom esteve sempre presente. Sempre na lembrança. Inclusive depois que o Pedro não pode ir mais visitar a comunidade de lá, o seu pensamento sempre está com as famílias da Bordom.

Depois de terem tentado assassinar ele e da violência que os latifundiários da Bordom impuseram ao povo do Araguaia, a sua desapropriação total em 2009 se traduziu em uma alegria imensa para o Pedro.

Celebramos o momento na casa dele, com um almoço simples, mas muito emocionante, em lembrança de tanto sofrimento e cheio de esperança. O Pedro sorria, alegre, mas também calava; como quem sente profundamente a dor passada pelo povo.

Terra para pocos, com os recursos de todos

A partir do golpe militar de 1964 é dada nova orientação com relação à ocupação das terras na Amazônia: «O Governo Federal, através de incentivos fiscais e crédito facilitado, privilegia a instalação de amplos latifúndios cujos proprietários são, na maioria das vezes, empresários do Centro-Sul.»

A enorme área de Amazônia começava a ser distribuída entre os amigos dos militares.

Para garantir e proporcionar a infraestrutura básica que as atividades dos latifundiários necessitavam, o poder público criou órgãos específicos para apoiar tais atividades: «o Banco da Amazônia S/A (BASA), a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (SUDECO), e a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM)».

O eixo desta nova política de ocupação da Amazônia girou entorno, portanto, à concessão de generosos incentivos fiscais e de crédito barato para as empresas interessadas em investir na Amazônia. Par isso, apolítica de incentivos fiscais é uma das causas fundamentais da expansão das grandes empresas agropecuárias à custa e em detrimento da agricultura familiar.

O resultado: a especulação

O resultado dessa política foi a intensa especulação de terras, desencadeada com força na década de 1960, e o incentivo ao desenvolvimento agrícola e pecuário, sem qualquer tipo de cuidado ambiental, o que gerou um quadro de expressiva degradação ambiental.

Ao mesmo tempo, a ausência de direitos trabalhistas, previdenciários, etc condenavam muitos dos trabalhadores dessas fazendas a viver na ilegalidade e na precariedade mais absoluta: no Mato Grosso, ainda hoje, ter carteira assinada e um salário digno é luxo!

A Empresa Bordon ameaçou com me matar e também ao Moura, e incendiaram a cidade. Fomos esperados de emboscada, na mata, pelo capataz da plantação, Benedito Boca-Quente. A “boca quente” era a do seu revólver. Eles colocaram um preço na minha vida: mil cruzeiros, um revólver 38 e um bilhete de saída da região.

Pedro Casaldáliga

Tentativa de assassinato ao Bispo Casaldáliga

Em 1972, a fazenda Bordón cercou a cidade de Serra Nova e começou a expulsar os posseiros e queimar seus quartéis, usando pistoleiros que intimidavam a cidade. Pedro foi para a Serra Nova para dar apoio aos agricultores. Enquanto estava lá, decidiu ir ao quartel-general da fazenda conversar com o gerente.

Benedito Boca Quente, funcionário da fazenda e com a reputação de homem valente, sabendo que o bispo iria para a sede, contratou um pistoleiro para matá-lo. Ele deu-lhe um revólver e dinheiro para a fuga. Pedro foi com Lulu, líder dos posseiros que depois seria preso pelos militares. O pistoleiro se escondera na floresta e espreitava seus passos. Passaram perto dele, mas o pistoleiro não disparou. O gerente da fazenda parecia pálido quando Pedro chegou.

O atirador, antes de fugir, foi e contou à equipe pastoral o que havia acontecido com ele. Quando ele estava escondido, ele começou a lembrar que, quando criança, sua mãe lhe disse que quem matou um padre estava indo para o inferno. Ele, sabendo que ia matar um bispo, ficou com medo e desistiu do “serviço”.

A esperança supera o medo

Em 1973, a Equipe Pastoral da Prelazia escrevia:

“Serra Nova está situada nas costaneiras da Serra do Roncador, a aproximadamente 150 Km de São Félix. (…) De dezembro a abril só se chega a Serra Nova de téco-téco ou a cavalo. Sua população atual é de 180-200 famílias, num total aproximado de 1.400 pessoas. Todos camponeses, vivendo da terra da qual retiram o arroz de cada dia. Como em toda a região, não há luz elétrica e nem água encanada. O maior problema de Serra Nova atualmente é a falta de terra de lavoura disponíveis para toda a população”.

A Empresa Bordom efetivamente, reivindicava as terras onde moravam as famílias de Serra Nova como próprias e o conflitou começou. Para os moradores do local, perder as terras era perder a vida.

Como explica Liebe Lima, da Articulação Araguaia Xingu en què participa a ANSA, “em maio de 1973 era tempo de preparar o solo para esperar a chegada das chuvas em setembro e lançar as sementes na terra. Veio a necessidade de combater a fome e a comunidade tomou a decisão de enfrentar as cercas da fazenda BORDON correndo o risco de serem presos e expulsos, pois a lei não estava com eles. Fizeram um abaixo assinado e enviaram para o INCRA informando sua decisão e denunciando as ameaças que sofriam. Não houve o que lhes fizessem arredar o pé dali, nem mesmo a prisão de um camponês sob a lei de segurança nacional por 30 dias em Barra do Garças”.

A correlação de forças era muito desigual, mas a determinação de permanecer na terra foi maior que o medo de ficar e enfrentar.

A luta, porém, teve seu fruto e em 2009: “A Procuradoria Federal Especializada (PFE) junto ao Incra garantiu a declaração de improdutividade da fazenda Bordolândia, no Mato Grosso. O imóvel, de mais de 50 mil hectares, fica nos municípios de Bom Jesus do Araguaia e Serra Nova Dourada, nordeste do estado. Agora, não há mais empecilhos jurídicos que ameacem o desfecho da desapropriação da área, que vai assentar cerca de 700 famílias de trabalhadores rurais”.

A Bordom, finalmente, é do povo!

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5 sites para conhecer o “outro” Brasil

5 sites para conhecer o “outro” Brasil

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Sabemos que todos os dias você recebe uma enxurrada de notícias, sites, blogs, tweets e que nem sempre é fácil ter informação boa!

Hoje queremos compartilhar 5 páginas que consultamos regularmente para nos informar e para saber o que acontece nas comunidades rurais, nos assentamentos, nas Terras Indígenas e naqueles lugares que costumam estar longe do “foco” da mídia comercial.

No Brasil, o mercado audiovisual é completamente dominado pela iniciativa privada. Até a Igreja Evangélica mantém um dos canais com maior audiência no país, a Rede Record! As possibilidades de acesso a informação pública, independente, são muito marginais.

Aqui te deixamos a nossa lista:

1. De olho nos ruralistas

Um observatório dos negócios dos latifundiários, do agronegócio. Caso você queira estar por dentro de quem são os atuais “latifundiários” no Brasil, onde eles têm suas terras, quais são os elos com as grandes empresas, como fazem lobby para pressionar os políticos, etc. Inclui uma seção sobre conflitos de terra e outra sobre alimentação e os vínculos da indústria alimentícia com os proprietários de terras.

2. Repórter Brasil:

Uma agência independente de pesquisa jornalística, com foco no trabalho escravo, desde sua denúncia até a prevenção, passando por seus casos. Um excelente jornalismo de pesquisa, de qualidade, para ler com tranquilidade.

3. Mídia Ninja

Uma agência de notícias independente, alternativa, fora da grande mídia privada. Uma visão diferente que coloca o foco no “outro” Brasil e onde podemos acompanhar as notícias dos movimentos sociais, indígenas, etc. que, embora silenciados por muitos, existem, mobilizam e reivindicam seus direitos.

4. Operação Amazônia Nativa

Site de uma das organizações indígenas mais antigas do Brasil. Fundada em 1969, a Operação Amazônia Indígena (OPAN) trabalha com povos indígenas do Mato Grosso e do Amazonas, lutando por seus direitos mais essenciais: alimentação, saúde e território. Um de seus fundadores foi o jesuíta espanhol Vicente Cañas, assassinado por proprietários de terras por defender os indígenas Enawene Nawe em 1987. Com a OPAN, estamos trabalhando muito em uma das áreas indígenas mais destruídas “do Brasil, a Terra Indígena Maraiwatsédé, a 120 km de São Félix do Araguaia.

5. Instituto Socioambiental

Não é uma ONG pequena e de longa data como a OPAN ou nossa parceira a ANSA, mas uma organização com presença em todo o Brasil. Possuem um banco de dados de povos indígenas muito bem feito e completo, em espanhol e em inglês: Povos Indígenas no Brasil.

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