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Esse foi o enterro de Casaldáliga

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12 de setembro de 2020

A vida de Pedro Casaldáliga

À sombra de um frondoso pequizeiro, Pedro foi plantado.

Na manhã do dia 12 de agosto de 2020 o bispo Pedro foi plantado à sombra de um frondoso pé de pequi, em São Félix do Araguaia.

Do mesmo jeito simples e pobre como sempre viveu o bispo Pedro Casaldáliga foi seplutado.

Seu corpo chegou a São Felix no final datarde do dia de ontem e foi acolhido pela equipe pastoral da Prelazia de São Félix e pelo povo da cidade, cercado de todos os cuidados que o momento de pandemia exige.

El Poble Xavante s'acomiada de Casaldàliga

Durante a noite toda foram feitas diversas homenagens a Pedro, lembrando momentos fortes de sua passagem por esta terra e sobretudo por depoimentos emocionados de pessoas que narraram como foi o seu contato com a Prelazia e seu bispo.

Hoje, antes do início da celebração de despedida de Pedro, foram lidas algumas das muitíssimas mensagens recebidas pela Prelazia de diversos lugares do Brsil e do mundo.

O grupo de antigos agentes que passaram pela Prelazia e de muitas outras pessoas que se identificam com a caminhada desta igreja produziu um grande banner com fotos de suas mãos. Foram mãos que junto com Pedro tentaram construir esta nova Igreja.

Às 8  horas teve início a celebração da missa com um canto ritual dos indígenas do povo Xavante. A ele se seguiu o restante ritual da missa. Dom Adriano Ciocca Vasino, atual bispo da Prelazia falou no cometário às leituras que Pedro se fez peão com os peões, índio com os índios, posseiro com os posseiros. Que ele cultivou um amor universal sem diferenças de raça, cor e religião, porque o que importava era a construção do Reino. Afirmou ainda que Pedro se fez evangelho, e que a marca registrada desta Igreja é sua força de transformação.

Ao final da celebração foi lida uma mensagem da família de Pedro que pediu que aquelas pessoas que cuidaram de Pedro durante todo o período da sua doença a representasse naquele momento. Estas pessoas cercaram então o caixão enquanto a mensagem era lida.

Dom Adriano leu a bela mensagem enviada por dom Leonardo Ulrich Steiner, o bispo que sucedeu a Pedro em São Felix e que agora é arcebispo de Manaus. Dom Leonardo disse na sua mensagem que Pedro era um profeta, mas muito mais que um profeta, era um místico. Suas palavras não eram só letras, eram espírito, pois eram geradas pelo seu profundo encontro com Jesus, e em Jesus com os pobres.

Foi também destacada a mensagem enviada por Adolfo Pérez Esquivel, prêmio Nobel da Paz e amigo de Pedro.

Os bispos de Porto Nacional, Miracema e Palmas, no Tocantins, o de Tucumã, no Pará, e o de Juína, no Mato Grosso, que participaram da celebração se apresentaram.

E a celebração se concluiu com um ritual do povo Xavante no qual ressaltaram a tristeza que o povo vive por perder esta pessoa tão importante nas suas lutas.

Logo se seguiram os rituais  de encomendação do corpo que foi transladado para o cemitério.

A entrada no cemitério foi controlada para se evitar aglomeração de pessoas. Só os padres e algumas poucas pessoas puderam acompanhar o
sepultamento. Ao final os Xavante colocaram no túmulo uma cruz que trouxeram da aldeia. As demais pessoas puderam entrar quando o primeiro grupo deixou o local.

O que nos resta a fazer é preservar o legado de Pedro vivendo segundo o que ele ensinou mais com seu exemplo que, com suas palavras.

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21 de agosto de 2020

A vida de Pedro Casaldáliga

Pedro Casaldáliga morreu no dia 8 de agosto, aos 92 anos, no hospital da Santa Casa de Batatais, próximo a São Paulo, para onde havia sido transferido de São Félix do Araguaia por problemas pulmonares.

A notícia se espalhou imediatamente pelo mundo e as condolências e elogios ao seu perfil biográfico e, sobretudo, às suas causas, ocuparam a mídia.

No dia seguinte, domingo, enquanto se realizava a primeira missa de seu funeral na capela do Centro Universitário Claretiano de Batatais, em sua cidad natal, Balsareny, na Catalunha, houve um encontro espontâneo na Praça Ricard Viñas, em frente à Casa do Leiteiro (Cal Lleter), onde o bispo Pedro, filho do leiteiro da cidade, nasceu.

Concentració davant la casa natal de Casaldàliga a Balsareny

Com máscaras e na distância de segurança, centenas de pessoas testemunharam sua dor e transmitiram seu amor à família Casaldáliga, representadas pelas duas irmãs de Pedro, Carme e Maria, e suas sobrinhas.

Algumas pessoas dos grupos culturais da cidade declamaram poemas de Casaldáliga (Retorn pairal e Castell de Balsareny); em seguida, Martina Ruiz tocou a música de Pau Casals, um clássico da Catalunha, “El cant dels ocells” no violoncelo e os presentes cantaram também o hino da montanha de Montserrat, o “Virolai”, após um minuto de silêncio e reflexão.

O evento, breve e emocionante, foi encerrado por Anna Casaldáliga, sobrinha do bispo, que agradeceu em nome da família e pediu para continuar trabalhando pelas causas de Pedro Casaldáliga. Os presentes responderam com uma longa salva de palmas.

Concentració espontània davant la casa natal de Pere Casaldàliga el dia del seu traspàs

Enquanto isso, no Brasil, os restos mortais do bispo foram transferidos de Batatais para São Félix do Araguaia, passando pelo santuário dos mártires, em Ribeirão Cascalheira, já em Mato Grosso, em meio a demonstrações emocionantes de luto da população, e foi sepultado, seguindo seu testamento expresso, no cemitério dos índios Karajá, às margens do rio Araguaia, na quarta-feira, 12 de agosto.

Em Balsareny, no dia 15, foi realizada a missa-funeral. Uma celebração austera e ao mesmo tempo acolhedora, idealizada pela família Casaldáliga, grupos de voluntários da Comissão Pere Casaldàliga, a entidade Balsareny Educa e outras organizações locais, com a colaboração da Prefeitura Municipal.

Como o interior da igreja tem espaço limitado devido as limitações sanitárias, os bancos normalmente utilizados foram colocados fora da Igreja, juntamente com um grande número de cadeiras, que os assistentes colocaram na praça da cidade. Um sistema de som foi instalado para que o povo da praça pudesse ouvir tudo o que se falava no templo, pois havia parlamentos muito profundos, emocionantes e interessantes.

Para além de um retrato do Pedro Casaldáliga, foram colocados no altar e no exterior da igreja vários elementos carregados de simbolismo, que poderá descobrir clicando nos círculos com o “+” na imagem:

A celebração foi presidida pelo Padre Joan Soler, claretiano da cidade de Vic, presidente da Associação Araguaia com o Bispo Casaldáliga e amigo pessoal de Pedro. Ele esteve acompanhado pelo reitor de Balsareny, Antoni Bonet e por outros doze sacerdotes da diocese de Solsona e companheiros claretianos.

A parte musical foi interpretada pelo pianista Carles Cases, descendente de Balsareny, compositor da suite Araguaia, acompanhado por Sveta Trushka no violoncelo e Teresa Noguerón no clarinete. O Coro Sant Esteve de Balsareny, dirigido por Marc Comabella, interpretou várias canções da Missa e, no final, a música Pere Casaldàliga , de ‘Balsareny mais de mil anos’, e a Virolai .

Música del compositor Carles Cases, que ha dedicat diverses obres a Casaldàliga i l'ha visitat a l'Araguaia

A missa começou com uma introdução de Glòria Casaldàliga Riera, que leu este poema de Pedro Casaldáliga:

Eu morrerei de pé como as árvores.
Me matarão de pé.
O sol, como testemunha maior, porá seu lacre
sobre meu corpo duplamente ungido.

E os rios e o mar
serão caminho
de todos meus desejos,
enquanto a selva amada sacudirá, de júbilo, suas cúpulas.

Eu direi a minhas palavras:
– Não mentia ao gritar-vos.
Deus dirá a meus amigos:
– Certifico
que viveu com vocês esperando este dia.

De golpe, com a morte,
minha vida se fará verdade.

Entre tantas coisas que foram ditas, destacamos as palavras de Joan Soler, explicando como o amor que Pedro semeou ao longo do seu caminho o eterniza. Ele também citou as palavras que uma mulher da comunidade Karajá dirigiu ao falecido:

Você amou minha terra e me ensinou a olhar para ela com novos olhos. Você sempre ajudou os mais fracos e agora descansa no Cemitério Indígena Karajá, ao lado de meus ancestrais. A imortalidade é sua, espero vê-lo lá de novo, nas estrelas.

Mulher do Povo Karajá

Les germanes de Pere Casaldàliga, Carme i Maria, a la missa-funeral de Balsareny

Também foi muito intensa a fala de Cristina Casaldàliga:

“Conforta-nos que, como quiseste, você faleceu com o povo que tanto amou. Apesar da distância, você sempre esteve conosco. Nunca se esqueceu de parabenizar os nossos santos e aniversários e cuidar de sua mãe, seus irmãos, as meninas, o resto da família, o povo e o país. Você também nos deu lição de casa: vá visitar a Virgem do Castelo, Montserrat, e nunca deixem de cuidar da Casa de Candàliga. Como um bom filho de Balsareny, você tem sido um incansável transportador [traginer] de esperança. Continuaremos apoiando suas CAUSAS, que hoje são mais válidas do que nunca, e persistiremos nessa esperança”.

Lembretes foram entregues com o epitáfio que ele queria em seu túmulo: “Para descansar / Eu só quero / esta cruz de madeira / com chuva e sol, / estas sete palmas / e a Ressurreição ! »; havia também uma foto da pintura da catedral de São Félix do Araguaia e frases do bispo Pedro sobre suas causas.

Recordatòria de la Missa-Funeral per Pere Casaldàliga a Balsareny

Na despedida estiveram presentes Francesc Escribano, amigo da família e autor da biografia de Pedro, “Descalço sobre a terra vermelha”, e a jornalista Mònica Terribas.

Também estiveram presentes o Ministro das Relações Exteriores da Generalitat, Bernat Solé, a senadora Mirella Cortès, a ex-prefeita de Sallent, o presidente do PDECat, David Bonvehí, e o ex-presidente da Justiça e Paz, Arcadi Oliveres, entre outras personalidades do mundo da política, da cultura e do ativismo social.

Publicação da Revista Sarment, do Cercle Cultural de Balsareny.

Tradução e adequação: Fundação Pedro Casaldáliga

 

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Informação funeral Casaldáliga

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9 de agosto de 2020

A vida de Pedro Casaldáliga

Enterrem-me no rio,
Perto de uma garça branca.
O resto já será meu.

E aquela correnteza franca
Que eu, passando, pedia,
Será pátria recuperada.

O êxito do fracasso.
A graça da chegada.

A sombra-em-cruz da vida
Sob este sol de verdade
Tem a exata medida
Da paz de um homem morto…

E o tempo é eternidade
E toda a rota é porto!

Pedro Casaldáliga. Oração: meu corpo como comida

Informamos que, na Catalunha, as cerimónias oficiais de despedida de Pedro Casaldàliga serão realizadas:

1- Em Balsareny
Na Paróquia da cidade onde ele nasceu, no dia 15 de agosto de 2020 às 19:30 horas.

2 – Em Barcelona
Devido à pandemia, ainda não temos uma data definida. Estamos trabalhando para disponibilizar un local adecuado e que cumpra todas as regulamentações de saúde. Informaremos assim que possível.

No Brasil, acontecerá em três locais:

1 – Em Batatais – SP
O corpo de Dom Pedro Casaldáliga, CMF, será velado, no dia 08 de agosto de 2020, a partir das 15 horas na capela do Claretiano – Centro Universitário de Batatais, unidade educativa dirigida pelos Missionários Claretianos, situada à rua Dom Bosco, 466, Castelo, Batatais, São Paulo, Brasil.

A missa de exéquias será celebrada, em Batatais, no dia 09 de agosto de 2020 às 15h, no endereço acima e será aberta ao público em geral.

Poderão seguir a missa no link a seguir:

2 – Em Ribeirão Cascalheira – MT
O corpo de Dom Pedro Casaldáliga, CMF, será velado no Santuário dos Mártires, no dia 10 de agosto. O Santuário estará aberto a toda a comunidade.

3 – Em São Félix do Araguaia – MT
O corpo de Dom Pedro Casaldáliga, CMF, será velado no Centro Comunitário Tia Irene no dia 11 de agosto e sepultado no cemintério Karajá à beira do Rio Araguaia em sua cidade, São Félix do Araguaia, como ele sempre quis.

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COMUNICADO: Falecimento de Pedro Casaldáliga

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8 de agosto de 2020

A vida de Pedro Casaldáliga

Lamentamos profundamente informar que Pedro Casaldáliga faleceu hoje na idade de 92 anos.

Nascido em Balsareny (Catalunha) no 16 de fevereiro de 1928, Casaldáliga assumiu com coerência radical e empenho a Opção pelos Pobres e tem sido uma das figuras mais destacadas da Teologia da Libertação.

Bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia desde 1971, Casaldáliga trabalhou sempre a favor dos peões, dos camponeses, dos sem-terra e dos Povos Indígenas, se posicionando abertamente contra o latifundio, o agronegócio e todos os poderes económicos que negam os direitos dos indivíduos e dos povos.

Poeta, escritor e comunicador por vocação, Casaldáliga foi autor ou co-autor de mais de 100 obras traduzidas para várias línguas e através das quais expressou os seus sentimentos e paixões mais íntimos; a sua posição teológica baseada na libertação e na esperança; a sua visão de um mundo que deve necessariamente optar pela justiça e pela paz; e o seu compromisso com uma Humanidade mais “humana”. Sempre disposto e disponível com todos e todas, Casaldáliga concedeu centenas de entrevistas e escreveu inúmeros artigos, circulares e cartas.

Vitalmente comprometido com aqueles que mais sofrem, Casaldáliga tem levado uma vida marcada pela coerência: Dom Pedro – ou simplesmente Pedro, como gostava de ser chamado – morava há mais de 50 anos em uma casa humilde, com as portas sempre abertas na pequena cidade de São Félix do Araguaia, perto de seus amigos e no meio de sua comunidade. Fez centenas de viagens de ónibus pelo Brasil e visitou frequentemente as comunidades da sua Prelazia de cavalo. Casaldáliga sempre foi “povo no meio do povo”.

Brincalhão, decidido, incansável e bom conversador, Casaldáliga lembrava do nome de todas as pessoas de sua comunidade e as visitava freqüentemente em suas casas, mesmo estando isoladas e distantes. Pedro foi o seu povo.

Fundador de pastorais e organizações sociais dedicadas à luta pela terra, à defesa dos Povos Indígenas e contra o capitalismo neoliberal e as desigualdades sociais, Casaldáliga sempre defendeu a necessidade de termos um compromisso pessoal e comunitário com os mais pobres. Fruto desta visão, tenacidade e luz profética, Casaldáliga inspirou muitos movimentos sociais que hoje enriquecem o tecido social da América Latina e lutam por um mundo melhor.

Muitas vezes censurado, silenciado, perseguido pelos poderosos e tendo sofrido várias tentativas de assassinato, Casaldáliga permaneceu sempre fiel à Utopia: sempre em luta para construir o Reino de Deus na terra. Sempre com esperança.

Mesmo pressionado e questionado pelo Vaticano, Pedro trabalhou sempre a favor da transformação radical da Igreja e da sua estrutura clerical, defendendo e fazendo uma Igreja pobre, co-responsável e participativa.

Hoje, as associações Araguaia com o Bispo Casaldàliga, da Catalunha, e a Associação ANSA, de São Félix do Araguaia, lamentamos profundamente o falecimento de Pedro Casaldáliga, a quem devemos a nossa fundação e cada um destes 40 anos de existência.

Amado Pedro: Do fundo do nosso ser, agradecemos a tua vida “doada”; a tua esperança “esperançada” que nos fez e nos faz caminhar; e toda a luz que você nos deu ao longo de sua vida. Cheios de saudade e de dor, afirmamos que as tuas lutas são nossas; que o teu coração bate em cada um e cada uma de nós e que continuaremos nos esforçando para viver as tuas Causas todos os dias. SEMPRE, COM ESPERANÇA!

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A saúde de Pedro Casaldáliga

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Agosto de 2020

La vida de Pedro Casaldáliga

Actualización [07/08 | 23:45h]: Informamos que, según los doctores que están cuidando de Pedro Casaldáliga, el mismo se encuentra en un estado muy frágil, debido a complicaciones pulmonares. Se está a la espera de que reaccione al tratamiento, pero su respuesta es incierta.

Pedro está siendo cuidado en todo momento para que no sufra y no sienta dolor.

Seguimos unidos en la esperanza y la oración.

Actualización [07/08 | 00:10h]: Según nos informan desde el hospital donde se encuentra ingresado Pedro Casaldáliga, su situación continúa estable dentro de la gravedad, no habiendo presentado empeoramiento en las últimas 24 horas.

Los antibióticos suministrados están ayudando al control de la infección respiratoria y sus funciones cardíacas y renales permanecen estables.

En las próximas 24-48 horas será sometido a una nueva tomografía para evaluar la evolución de su pulmón.

A lo largo del día de mañana, así que tengamos información médica directa, la publicaremos.

Actualización [06/08 | 12:30h]: Nos informa el doctor Antonio Marcos Barbosa, de la Santa Casa de Batatais, en el interior de Sao Paulo, que ayer por la tarde Pedro Casaldáliga fue sometido a una punción donde le extrajeron 600 mililitros de líquido en el pulmón izquierdo.

La intervención ha generado una “confort respiratorio” inmediato.

Casaldáliga también ha sido sometido a una endoscopia para ponerle una sonda en el estómago para garantizar “una alimentación segura y eficiente” y está siendo tratado con antibióticos en la UCI.

“En este momento, mantiene una presión (arterial) muy buena y está estable desde el punto de vista cardiológico”, mientras que “la oxigenación en sangre, después de la punción y los nuevos antibióticos”, va mejorando y ” está más cómodo al respirar “, explicó Barbosa.

“Ahora hay que esperar. Es un individuo muy frágil, de edad avanzada, con una enfermedad de alta gravedad “, agregó.

En este sentido, el médico ha insistido en que todavía “hay gravedad” en el cuadro de salud de Pedro, si bien, en virtud de cómo ha reaccionado el tratamiento en las primeras 24 horas, espera que en “cuatro o cinco días “haya resultados más robustos.

Via: Religión Digital

Actualización [6/08 | 00:09h]: Nos informan desde Brasil que se realizó una punción pulmonar en Pedro Casaldáliga para mejorar sus funciones pulmonares. Casaldáliga permanece en la UCI y su estado es grave, sin embargo, no será necesario realizar ningún otro procedimiento quirúrgico en este momento y continú su tratamiento con antibióticos. Tiene un pulmón comprometido, pero las funciones cardíacas y renales son normales. (Él, cuando era joven, sufrió una neumonía severa que le dejó una secuela permanente en su pulmón, razón por la cual está más debilitado).

Continuaremos siguiendo con atención su evolución.

Actualización [5/08 |11:00h]: Informamos que Pedro Casaldáliga ya está en el hospital Santa Casa de Batatais, en el estado de São Paulo. Su situación es estable dentro de la gravedad. Cuando tengamos el informe médico oficial, informaremos.

Actualización [4/08 | 23:00h]: Informamos que, debido al estado de salud y a la imposibilidad de seguir su tratamiento en São Félix do Araguaia, el Obispo #Casaldáliga está siendo transferido en estos momentos para el hospital de la Congregación de los Claretianos en Batatais, SP. Continuaremos informando.Actualización [4/08 | 16:00h]: Ante algunas informaciones que han circulado en las últimas horas sobre la muerte de Pedro Casaldáliga, comunicamos que el Obispo Pedro continúa ingresado en São Félix do Araguaia y no hay ninguna novedad destacable en su estado de salud.

En estos momentos, se está trabajando con la posibilidad de trasladarlo a un hospital más grande fuera de la región, donde podrá tratarse mejor de los problemas respiratorios que padece. Si esta opción se concreta, informaremos detalladamente.

Evidentemente, su estado de salud es débil y muy fragilizado por el Parkinson y la edad.

Actualización [4/08 | 09:00h]: Informamos a todos los amigos y amigas de Pedro Casaldáliga que el obispo se encuentra ingresado en el hospital São Félix do Araguaia debido a problemas respiratorios.

Casaldáliga está muy debilitado por el Parkinson que sufre hace años y su edad avanzada. La prueba para COVID19 ha dado negativo, pero su situación de salud es muy grave.

Pedro está siempre acompañado y bien cuidado.

Seguimos orando por su salud y esperamos que pueda regresar a casa.

Si hay más noticias, iremos actualizando esta entrada.

Asociación Araguaia con el Obispo Casaldáliga y Asociación ANSA.

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O compromisso de Casaldáliga que nos guia hoje

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Casaldáliga e a sua equipe são conhecidos e respeitados pelo seu compromisso radical com os pobres e pela sua posição abertamente contra os poderosos. Talvez a experiência dele possa nos servir de guia ou inspiração.

Este é um trecho do documento que publicou em todo o Brasil no dia da sua consagração episcopal, no momento em que a perseguição à sua igreja estava mais forte e quando os mortos pelo latifúndio somavam dezenas.

26 de junho de 2020

A vida de Pedro Casaldáliga

Nós – bispo, padres, irmãs, leigos engajados – estamos aqui, entre o Araguaia e o Xingu, neste mundo, real e concreto, marginalizado e acusador, que acabo de apresentar sumariamente. E somos aqui a Igreja “visível” e “reconhecida”.

Ou possibilitamos a encarnação salvadora de Cristo neste meio, ao qual fomos enviados, ou negamos nossa Fé, nos envergonhamos do Evangelho e traímos os direitos e a esperança agônica de um povo de gente que é também povo de Deus: os sertanejos, os posseiros, os peões; este pedaço brasileiro da Amazônia.

Porque estamos aqui, aqui devemos comprometer-nos. Claramente. Até o fim. (Somente há uma prova sincera, definitiva, do amor, segundo a palavra e o exemplo do Cristo). Eu, como bispo, nesta hora de minha sagração recebo como dirigidas a mim as palavras de Paulo a Timóteo: “Não te envergonhes do testemunho de Nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus” (II Tim 1,8).

Não queremos bancar os heróis, nem os originais. Nem pretendemos dar lição a ninguém. Pedimos só a compreensão comprometida dos que compartilham conosco uma mesma Esperança.

Olhamos com bastante amor a terra e os homens da Prelazia. Nada dessa terra ou desses homens nos é indiferente. Denunciamos fatos vividos e documentados. Quem achar infantil, distorcida, imprudente, agressiva, dramatizante, publicitária, a nossa atitude, entre na sua consciência e leia com simplicidade o Evangelho; e venha morar aqui, neste sertão, três anos, com um mínimo de sensibilidade humana e de responsabilidade pastoral.

Pere Casaldàliga a casa seva a São Félix do Araguaia

O Vaticano II, Medellín, o Sínodo; a voz das Conferências Episcopais do Terceiro Mundo; o Evangelho – antes e sempre -, não só coonestam como também reclamam essa ação abertamente comprometida. Já passou a hora das palavras (não certamente a hora da palavra), das conivências e das esperas conciliadoras. (Será que alguma vez foi essa hora?). “Quem não está comigo, está contra mim; quem não recolhe comigo, espalha” (Lc 11, 23). “Não basta refletir, obter maior clareza e falar. É preciso agir. Esta não deixou de ser a hora da palavra, mas tornou-se, com dramática urgência, a hora da ação.” (Medellín, introdução).

Queremos e devemos apoiar o nosso povo, pôr-nos ao seu lado, sofrer com ele e com ele agir. Apelamos à sua dignidade de filho de Deus e ao seu poder de teimosia e de Esperança.

Chamamos angustiosamente a toda a Igreja do Brasil, à qual pertencemos. Pedimos, exigimos fraternalmente, sua decisão, e a corresponsabilidade plena na oração, no testemunho, no compromisso, na colaboração de agentes e meios pastoral. (Na mente de quase todos os que ainda lutam desinteressadamente, somente a Igreja parece ter uma possibilidade decisiva nesta hora). Da CNBB – na qual agora mais confiamos – pedimos o cumprimento, pronto e eficaz, de um programa decididamente realista no compromisso que ela publicamente assumiu sobre a Amazônia, com caráter de prioridade.

Trecho do documento “Uma Igreja da Amazônia em conflito com o latifúndio e a marginalização social”, de 1971.

 

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