Dia Internacional da Mulher foi instituído por força das lutas de mulheres, a partir do século XVII, pela igualdade de direitos entre os gêneros e pelo reconhecimento de seus direitos. Não se trata de data festiva, mesmo porque nada havia a ser festejado. Nossas avós...
Porque tem tantos mártires na América Latina
Porque tem tantos mártires na América Latina
“Um Povo ou uma Igreja que esquece seus mártires não merece sobreviver”, diz o Bispo Pedro Casaldáliga.
As Causas que dão sentido à vida
Assassinados por uma Causa; por vezes torturados, sempre perseguidos.
A América Latina é uma das regiões mais desiguais do planeta e, por isso, a defesa dos mais pobres é sempre um “ataque” aos mais ricos.
Na América Latina não se faz verdadeira solidariedade sem denuncia. E a denuncia é, na maioria das vezes, objeto de enfrentamento com o capital.
Quando fazer parte de um movimento social, de uma entidade de voluntariado ou de uma ONG significa tomar partido, se posicionar claramente, a realidade só admite uma opção: o compromisso radical a favor dos pobres e contra os poderosos.
Por isso, na realidade latino-americana temos numerosos casos de homens e mulheres que deram as suas vidas, movidos por sua fé e seu desejo de servir às causas dos camponeses, indígenas, trabalhadores, dos pobres.
O que é ser mártir?
Em palabras do Teólogo espanhol Juan Ignacio González Faus: “A morte do mártir não é a morte do kamikaze … O mártir, pelo contrário, recebe-a passivamente: tudo o que ele faz é não se afastar do caminho”. Assim ele age como Jesus. Além disso, acrescenta ele, “o mártir, a testemunha é aquele que dá fé. Isto é, o mártir é um gerador de fé , ele é aquele cujo testemunho é o mais credível ”.
O mártir, no significado de hoje, é aquele que dá a própria vida pela verdade. “Todo aquele que testifica a verdade, seja com palavras ou com atos ou trabalhando de alguma forma a favor dela, pode ser chamado com todos os direitos: testemunha.”
Tempo de mártires
“Este, mais do que nunca, é um tempo de mártires”. Pedro Casaldáliga.
A memória é um compromisso. Preservá-la e manté-la viva é obrigação de todas/os. Manter a lembrança das pessoas que deram a vida pelas causas da Justiça deveria ser uma de nossos prioridades.
A memória subversiva de tantos mártires é um forte alimento da espiritualidade de nossas comunidades e da resistência de nossos povos, o caminho da Libertação.
A celebração dessa memória, tão sacramentalmente eficaz, é a melhor expressão de uma gratidão que conforta e compromete.
Um povo ou uma igreja que esquece seus mártires não merece sobreviver.
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