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Homenatge a Pere Casaldàliga

Barcelona agradece “a utopia fértil” de Casaldáliga

29 jun, 2021

“Pedro semeou. Isso é uma evidência”. É uma das muitas frases que nesta segunda-feira à noite evidenciaram que o legado de Pedro Casaldáliga ainda está muito vivo. Duzentas pessoas se reuniram em Barcelona na véspera do Dia de São Pedro para agradecer a maestria do antigo bispo de São Félix do Araguaia. Com uma memnsagem compartilhada: o mundo continua estando ferido e é necessário ser um militante da esperança.

Poucos líderes religiosos conseguem reunir pessoas de tão diversa procedência. De fato, ninguém achou estranho que nesta segunda-feira se falasse do “Reino de Deus” na Praça do Rei de Barcelona. Uma promessa evangélica que norteou a vida de Casaldáliga na construção da justiça e da paz para todos. Um Reino de Deus a ser construído “aqui e agora”, como sublinharam os jornalistas Antoni Bassas e Mònica Terribas, apresentadores desta homenagem cívica. Um evento organizado pela Prefeitura de Barcelona, a Associação Araguaia e a Fundação Pedro Casaldáliga que foi transmitido ao vivo e pode ser recuperado aquí.

Um dos vídeos projetados durante a homenagem recordou o testamento vital de Dom Pedro: “Optem, optem verdadeiramente pelos pobres, escolham uma Igreja-comunidade, de irmãos e irmãs iguais, sem poder”, disse. Dezenas de representantes de diversas entidades, amigos e companheiros ativistas, desde a Catalunha até o Mato Grosso, destacaram sua vida simples e coerente. Todas as testemunhas descreveram o “privilégio” de ter conhecido uma pessoa excepcional. Exemplo honesto, referência ética para os incrédulos. Como disse o jornalista e ativista social David Fernández: “Pedro Casaldáliga será sempre uma utopia fertil; as coisas bem feitas, as verdadeiras, duram para sempre”.

“Muito obrigado a todas as entidades amigas que assumiram a causa de Pedro como um instrumento transformador para toda a sociedade”, disse Gloria Casaldáliga, presidente da nova Fundação Pedro Casaldáliga. “Sabemos que vivemos tempos complexos e que a tarefa não será fácil”, afirmou, lembrando as dificuldades que o Brasil e a região do Araguaia enfrentam.

Estiveram também presentes o ator Eduard Fernández, o teólogo e colaborador da Agenda Latino-americana Jordi Corominas, a artista catalã-brasileira Priscila Barbosa, assim como as vozes do ativista Arcadi Oliveres, pouco antes de sua morte, o capuchinho Michael Moore, o abade de Montserrat, Josep Maria Soler, a dominicana Lucía Caram ou a atriz Núria Valls, entre outros amigos e colegas de Casaldáliga.

Como religioso, como bispo no Brasil, como poeta universal, Pedro sempre defendeu os direitos dos agricultores e dos sem-terra. E ele o fez sempre com sensibilidade poética, com tenacidade e também com senso de humor. “Aos meus católicos na Catalunha: devemos levar a Igreja com um pouco de bom humor”, disse ele. E, sobretudo, sustentada na esperança, o eixo desta nova homenagem conjunta.

A homenagem contou com a presença de uma boa representação de missionários claretianos na Catalunha, como Joan Soler, da Associação Araguaia, o provincial de San Pablo, Ricard Costa-Jussà, o delegado na Catalunha, Máximo Muñoz, o presidente da ONG Contato Solidario , Josep Roca, e a diretora do Casal Claret em Vic, Anna Larios. Também houve representações políticas, como a prefeita de Balsareny, cidade natal de Casaldàliga, Noelia Ramírez, e Albert Batlle, vereador da Câmara Municipal de Barcelona. Além de parentes de Casaldáliga e personalidades e entidades amigas, como M. Victoria Molins da Teresia, o delegado de Manos Unidas Barcelona, ​​Mireia Angerri, Eudald Vendrell, Miquel Torres e Josep Maria Fisa, presidente, diretor e conselheiro de Justiça e Paz Barcelona respectivamente, Xavier Garí em nome da organização Cristianismo e Justiça.

Texto de Laura Mor, publicado primeiro em Catalunya Religió.

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